Com uma passagem aérea de volta ao mundo, o produtor musical Guto Guerra, 31, viajou para sete países durante dois meses.
Mas suas principais experiências de viagem não foram visitas aos pontos turísticos tradicionais. Da escolha dos destinos aos passeios em cada um deles, o roteiro foi todo montado em torno de um tema: a música.
Nos 65 dias que durou a jornada, Guto tocou com 70 artistas: acompanhou com seu cavaquinho o som de cantores ciganos na Romênia, aprendeu a tocar um instrumento típico de aborígenes na Austrália, assistiu ao show de um coral gospel na África do Sul, compôs uma música com um famoso cantor da Turquia e tocou as canções de Jimmy Cliff em ritmo de samba -- ao lado do próprio artista, em seu estúdio na Jamaica.
A viagem passou ainda pelo México e por Porto Rico.
“Privilegiei países com uma grande riqueza cultural. Queria fazer um intercâmbio pelo caminho da música, saber como eles recebem a música brasileira e como a música deles é recebida no Brasil”, conta Guto.
Sua experiência foi transformada no programa televisivo “Música na Mochila”, que vai estrear nesta quarta-feira (6), às 19h, no canal a cabo Bis.
Guto, que é multi-instrumentista, levou na bagagem uma bateria eletrônica e um cavaquinho – que, para os estrangeiros, é um símbolo da música do Brasil.
Durante a viagem ele tocou dezenas de outros instrumentos e voltou com alguns na mala: entre eles, o “bendir”, uma espécie de tambor turco, o “digeridoo”, um tubo de madeira de 1,80 metro usado pelos aborígenes na Austrália, e o “baby bajo”, um baixo acústico especial para tocar salsa, trazido de Porto Rico.